A verdadeira oração é realizada no Espírito. Orar no Espírito não é falar em outras línguas, ou ter uma experiência de êxtase emocional. Mas, orar no Espírito significa orar conscientemente, em nome de Cristo, capacitado e dirigido pelo Espírito Santo a encontrar a vontade do Pai. Não é uma nova revelação, mas a iluminação espiritual necessária que nos dá o entendimento e convicção da vontade de Deus específica para um assunto.
O que é necessário para que realmente possamos orar no Espírito? Primeiro, a humildade é indispensável. O próprio Espírito Santo nunca toma à frente do Pai e do Filho. Ele exalta Cristo e glorifica o Pai, mas em nenhum lugar da Escritura exige glória para Si mesmo. Ele é glorificado pela sua divindade e a Sua participação nas obras da Trindade. Se ele sendo Deus não se exalta, não podemos orar diferente do modo como o Espírito atua. O nosso orgulho faz com a nossa voz soe diferente da intercessão do Espírito!
Em segundo lugar, para orar no Espírito é necessário que supliquemos por discernimento. Precisamos examinar as intenções do nosso coração, se o que estamos pedindo realmente é algo nascido na motivação de glorificar a Deus. É preciso discernir se não é algo que está comprometido com o erro, e que conseqüentemente causará escândalo. Se não entendermos o que estamos pedindo, podemos correr o perigo de fazer uma petição tola, imatura e inconseqüente. Não podemos abrir a boca ou liberar os pensamentos para solicitar a Deus o primeiro anseio que surge em nosso coração! Precisamos medir, pesar e avaliar se o nosso pedido é digno de ser colocado sobre o santo altar de Deus, e se ela não ofenderá o sacerdócio de Cristo. Deus não atende nenhum pedido que não coopere para o nosso bem, nem que deixe de glorificá-Lo (Rm 8:28).
Por último, para orar no Espírito é indispensável que desejemos ser cheios do Espírito. Por causa da grande confusão no meio evangélico este é outro assunto difícil de definir. A plenitude do Espírito é um processo que perdurará toda a nossa vida cristã. Ela não ocorre numa única experiência. Ninguém é tão pleno que não necessite mais ser cheio. Quanto mais bebemos do Espírito, mais sede teremos da Sua ação. Então, a crucial questão é como ser cheio do Espírito? A resposta inicia, no fato de precisarmos amadurecer o fruto do Espírito: amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5:22-23, NVI). Somos enchidos conforme o fruto amadurece em nós! Somos dominados pelo Espírito e não pela carnalidade (Gl 5:16-21; Ef 5:18-19). Ser cheio do Espírito é quando o Espírito de Deus domina todas áreas da nossa vida com a Sua Palavra, nos quebrantando com a Sua poderosa presença, convencendo-nos profundamente dos nossos pecados, amadurecendo em nós o Seu fruto, e conduzindo-nos para a dependência na suficiência de Cristo, para a exclusiva glória do Pai.
A oração feita no Espírito não é um privilégio de alguns. Todos os salvos podem e devem aprender orar no Espírito. Todos estes têm dons do Espírito. Pelo Espírito Santo cada crente é batizado no Corpo de Cristo e todos são capacitados a orar por serem sacerdotes no Reino de Deus (1 Co 12:12-13; 1 Pe 2:9). Em Cristo, todos têm livre acesso ao trono da graça. Todos os verdadeiros salvos têm a habitação pactual do Espírito, que intercede eficazmente e apresenta a nossa necessidade diante do Pai (Rm 8:27). Se a tua oração não for no Espírito, então, ela não é orada pelo Espírito, nem aceita pelo Pai.
29 março 2007
24 março 2007
Ora que melhora!
Por quê a maioria dos cristãos não têm o hábito de orar regularmente? Observe bem, eu disse CRISTÃOS! Não estou me referindo as pessoas que não são, e se dizem cristãos. Estou falando daquelas pessoas que são convertidas, que receberam o Senhor Jesus como salvador de suas vidas, que sabem do perigo de viver sem a graça e a misericórdia de Deus, que são profundamente gratas pelo perdão dos seus pecados, em Cristo Jesus, e que têm o Espírito Santo habitando pactualmente, e que por causa disto, têm todos os motivos do mundo para viverem em contínua vida de oração, desfrutando da incessante intimidade que o Senhor tem conosco!
Mas, apesar de tudo isto, porque oramos tão pouco? Além das infinitas bençãos que Deus salvificamente nos dá, poderíamos ter como motivação as nossas necessidades do dia a dia, e, diga-se de passagem não são poucas! Vamos brevemente refletir sobre alguns possíveis motivos que nos impedem de orar, que diminuem em nós, a convicção da nossa brutal dependência da graça de Deus.
O primeiro motivo a ser considerado como impecilho, é o orgulho. A soberba nos leva sutilmente a crêr que somos suficientes em nossas virtudes, que as nossas intenções são as melhores, e que podemos fazer o que precisamos sozinhos! A loucura da altivez contamina o nosso raciocínio de tal modo, que não percebemos que estamos sendo levados a agir como ateus, embora sendo crentes em Cristo Jesus! Não é em vão, que a oração essencialmente exija a humildade. O nosso orgulho é um grande inimigo da oração, como também pré-indisposto para receber a resposta da oração. Por causa dele nem sempre desejamos declarar: seja feita a tua vontade!
O segundo motivo pode ser a incredulidade. Este é um ofensivo pecado contra o nosso Deus. A incredulidade não é apenas não crêr em Deus, mas não crêr no modo como Ele governa a nossa vida. É não confiar que aquilo que Ele está realizando é o melhor! É duvidar que quando Deus usa o mal, o sofrimento, e a frustração de um "não" indesejado, ainda assim estas coisas podem ser grande benção para a nossa vida (Gn 50:19-20). O soberano Senhor usa o que, quem, quando e como quiser com infalível exatidão para nos abençoar, e glorificar a Si mesmo. Ele sempre tem as melhores intenções conosco, em Cristo (Jr 29:10-14). Sim! Infinitamente melhores do que as nossas egoístas intenções.
O terceiro motivo que nos desestimula de orar pode ser a amargura. A inimizade é algo perigoso, especialmente quando ela cria raíz, cresce e frutifica. A amargura é o orgulho ferido, desprezado, humilhado sem arrendimento. A amargurada é isenta da doce graça de Deus, porque ele é essencialmente amargo! Perde-se o prazer de interceder por outros, perde-se o gozo de estar na presença do Altíssimo, porque a disposição que se aflora em nosso coração é o mesmo que brotou no coração de Adão no jardim, é tolamente fugir do onipresente Deus. A amargura tira o vigor espiritual, e ficamos fracos para orar. O melhor remédio para vencer este fétido sentimento é orar por quem nos persegue.
Algumas pessoas têm me perguntado "como orar quando não se tem vontade de orar?" Brincando, respondo que é simples: ore quando você não tiver vontade de orar, ore quando você sentir vontade de orar, e ore para que não deixe de desejar de orar. Não devo limitar a minha prática de oração somente quando SINTO vontade. A vontade não deve ser submissa dos sentimentos. Mas os sentimentos devem ser submetidos à vontade, para que a nossa vontade seja submetida à vontade de Deus.
Independentemente do contexto que esteja a sua vida, ore! A oração se encaixa em qualquer situação e para qualquer necessidade. Deus quer nos santificar, Ele decidiu dar-nos ricas bençãos, não permita que os seus motivos pessoais te impeçam de desfrutar uma relação íntima com o Pai que está nos céus. Ora que melhora.
Mas, apesar de tudo isto, porque oramos tão pouco? Além das infinitas bençãos que Deus salvificamente nos dá, poderíamos ter como motivação as nossas necessidades do dia a dia, e, diga-se de passagem não são poucas! Vamos brevemente refletir sobre alguns possíveis motivos que nos impedem de orar, que diminuem em nós, a convicção da nossa brutal dependência da graça de Deus.
O primeiro motivo a ser considerado como impecilho, é o orgulho. A soberba nos leva sutilmente a crêr que somos suficientes em nossas virtudes, que as nossas intenções são as melhores, e que podemos fazer o que precisamos sozinhos! A loucura da altivez contamina o nosso raciocínio de tal modo, que não percebemos que estamos sendo levados a agir como ateus, embora sendo crentes em Cristo Jesus! Não é em vão, que a oração essencialmente exija a humildade. O nosso orgulho é um grande inimigo da oração, como também pré-indisposto para receber a resposta da oração. Por causa dele nem sempre desejamos declarar: seja feita a tua vontade!
O segundo motivo pode ser a incredulidade. Este é um ofensivo pecado contra o nosso Deus. A incredulidade não é apenas não crêr em Deus, mas não crêr no modo como Ele governa a nossa vida. É não confiar que aquilo que Ele está realizando é o melhor! É duvidar que quando Deus usa o mal, o sofrimento, e a frustração de um "não" indesejado, ainda assim estas coisas podem ser grande benção para a nossa vida (Gn 50:19-20). O soberano Senhor usa o que, quem, quando e como quiser com infalível exatidão para nos abençoar, e glorificar a Si mesmo. Ele sempre tem as melhores intenções conosco, em Cristo (Jr 29:10-14). Sim! Infinitamente melhores do que as nossas egoístas intenções.
O terceiro motivo que nos desestimula de orar pode ser a amargura. A inimizade é algo perigoso, especialmente quando ela cria raíz, cresce e frutifica. A amargura é o orgulho ferido, desprezado, humilhado sem arrendimento. A amargurada é isenta da doce graça de Deus, porque ele é essencialmente amargo! Perde-se o prazer de interceder por outros, perde-se o gozo de estar na presença do Altíssimo, porque a disposição que se aflora em nosso coração é o mesmo que brotou no coração de Adão no jardim, é tolamente fugir do onipresente Deus. A amargura tira o vigor espiritual, e ficamos fracos para orar. O melhor remédio para vencer este fétido sentimento é orar por quem nos persegue.
Algumas pessoas têm me perguntado "como orar quando não se tem vontade de orar?" Brincando, respondo que é simples: ore quando você não tiver vontade de orar, ore quando você sentir vontade de orar, e ore para que não deixe de desejar de orar. Não devo limitar a minha prática de oração somente quando SINTO vontade. A vontade não deve ser submissa dos sentimentos. Mas os sentimentos devem ser submetidos à vontade, para que a nossa vontade seja submetida à vontade de Deus.
Independentemente do contexto que esteja a sua vida, ore! A oração se encaixa em qualquer situação e para qualquer necessidade. Deus quer nos santificar, Ele decidiu dar-nos ricas bençãos, não permita que os seus motivos pessoais te impeçam de desfrutar uma relação íntima com o Pai que está nos céus. Ora que melhora.
16 março 2007
O que é oração?
Este é o primeiro artigo de uma série do que a Bíblia ensina sobre a oração. Meditar sobre a oração é tão importante quanto orar. Pois, se não tivermos um entendimento correto do que é a oração e como realizá-la, correremos o perigo de sermos rejeitados e ao mesmo tempo estarmos ofendendo ao amado Deus com as nossas preces. Falar com as pessoas sobre Deus é algo grandioso, mas falar a Deus sobre os homens é algo ainda maior. Por isso, é necessário que a nossa convicção doutrinária seja saudável para que ela melhore a nossa vida cristã.
Quando crianças aprendemos que oração "é falar com Deus". Conforme crescemos e amadurecemos, também aprendemos que este conversar com Deus exige muito mais do que simplesmente falar. Oração é o derramar da alma diante de Deus. Não podemos apenas repetir fórmulas e frases feitas, tornando a nossa relação com Deus um ato mecânico. As nossas orações não podem ser frases decoradas, como se estivéssemos apresentando uma dramatização teatral! Absolutamente, isto nunca deveria acontecer! Saber falar é um ato de maturidade, mas saber conversar com Deus é intimidade com Ele.
A oração deve nascer na consciência do nosso coração, na percepção das nossas necessidades e na dependência e convicção de quem é Deus. É algo que primeiro deve vibrar na alma antes de se tornar palavras. Orar não é apenas submeter as nossas necessidades a Deus, mas submetermos a nós mesmos à Sua vontade. Certa vez, Jim Elliot disse "Deus ainda está no trono, nós ainda estamos a seus pés, e entre nós há apenas a distância de um joelho."
Jesus prometeu que "se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei. Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14:14-15). Orar é o momento em que Jesus tem acesso às nossas necessidades, e ao mesmo tempo é colocar os nossos anseios sobre o Seu altar para que Ele possa cuidar de tudo. Pensando bem, Jesus é o único que sabe como realmente orar! Ele é Deus, e conhece intimamente a vontade do Pai. Ele é o sumo-sacerdote e eficazmente intercede por nós. Somente Ele possuí todos os méritos para pedir infalivelmente ao Pai e tem a garantia de que nenhum dos seus pedidos serão rejeitados.
Oração não é apenas algo que faço, é algo que essencialmente sou.
Quando crianças aprendemos que oração "é falar com Deus". Conforme crescemos e amadurecemos, também aprendemos que este conversar com Deus exige muito mais do que simplesmente falar. Oração é o derramar da alma diante de Deus. Não podemos apenas repetir fórmulas e frases feitas, tornando a nossa relação com Deus um ato mecânico. As nossas orações não podem ser frases decoradas, como se estivéssemos apresentando uma dramatização teatral! Absolutamente, isto nunca deveria acontecer! Saber falar é um ato de maturidade, mas saber conversar com Deus é intimidade com Ele.
A oração deve nascer na consciência do nosso coração, na percepção das nossas necessidades e na dependência e convicção de quem é Deus. É algo que primeiro deve vibrar na alma antes de se tornar palavras. Orar não é apenas submeter as nossas necessidades a Deus, mas submetermos a nós mesmos à Sua vontade. Certa vez, Jim Elliot disse "Deus ainda está no trono, nós ainda estamos a seus pés, e entre nós há apenas a distância de um joelho."
Jesus prometeu que "se me pedirdes alguma cousa em meu nome, eu o farei. Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14:14-15). Orar é o momento em que Jesus tem acesso às nossas necessidades, e ao mesmo tempo é colocar os nossos anseios sobre o Seu altar para que Ele possa cuidar de tudo. Pensando bem, Jesus é o único que sabe como realmente orar! Ele é Deus, e conhece intimamente a vontade do Pai. Ele é o sumo-sacerdote e eficazmente intercede por nós. Somente Ele possuí todos os méritos para pedir infalivelmente ao Pai e tem a garantia de que nenhum dos seus pedidos serão rejeitados.
Oração não é apenas algo que faço, é algo que essencialmente sou.
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