19 agosto 2007

Nasceu o João Marcos!

Completas as 39 semanas nasceu o nosso filho, João Marcos Pereira Tokashiki. Graças a Deus ele é saudável, é um lindo garoto loirinho e com leves traços nipônicos. Estamos muito felizes e sabemos que ele é filho da Aliança. Em breve estaremos consagrando este pequenino pelo batismo e confirmando a sua participação na comunidade pactual com o Senhor Deus.

10 agosto 2007

Por que somos presbiterianos?

Neste mês, nós presbiterianos brasileiros, estamos comemorando 148 anos. O primeiro missionário presbiteriano, Rev. Ashbel Green Simonton deixou os EUA, em 18 de Junho de 1859,
embarcando no navio “Banshee” rumo ao Brasil. Chegou ao Rio de Janeiro, em 12 de Agosto de 1859, com 27 anos de idade. Em 9 de Dezembro de 1867, o Rev. Simonton morreu em São Paulo de febre amarela (?) aos 34 anos, deixando implantado em nosso amado país, a semente do evangelho de Cristo e o início da Reforma protestante.

Estudaremos a partir de hoje em nossos boletins algumas informações teológicas e históricas respondendo à questão: por quê somos presbiterianos?

O nosso sistema de governo presbiteriano significa que somos regidos pelos presbíteros. Não somos congregacionais (onde todos decidem pelo voto direto), nem episcopais (onde apenas um superior decide sobre os demais), mas somos uma igreja democrática que é representada pelos presbíteros escolhidos pela igreja local. A base do nosso governo é que o concílio é soberano.

Estes são os princípios doutrinários do nosso sistema de governo: 1) Cristo é a Cabeça da sua Igreja e a Fonte de toda a sua autoridade. Esta autoridade encontra-se escrita na Escritura, de modo que, todos têm acesso ao seu conhecimento. 2) Todos os crentes devem estar unidos entre si e ligados diretamente a Cristo, assim como os diversos membros de um corpo, que se subordinam à direção da cabeça espiritual. 3) Cristo exerce a sua autoridade em sua Igreja, por meio da Palavra de Deus e do seu Espírito. 4) O próprio Cristo determinou a natureza do governo da sua Igreja. 5) Cristo dotou tanto os membros comuns como aos oficiais da sua Igreja com autoridade, sendo que os oficiais receberam adicional autoridade, como é requisito para realização dos seus respectivos deveres. 6) Cristo estabeleceu apóstolos como os seus substitutos, entretanto, eram de caráter transitório. O ofício apostólico cessou, mas a sua autoridade é preservada pelos seus escritos, isto é, o Novo Testamento. 7) Cristo providenciou para o específico exercício da autoridade por meio de representantes (os presbíteros), a quem separou para zelar da preservação da sã doutrina, fiel adoração e disciplina na Igreja. Os presbíteros têm a responsabilidade permanente de pastorear a Igreja de Cristo. 8) A pluralidade de presbíteros numa igreja local é a liderança permanente até a segunda vinda de Cristo.

06 agosto 2007

Sofrimento providencial

Hoje completa 62 anos da explosão da bomba atômica na cidade de Hiroshima. A Little Boy (garotinho) foi lançada sobre a cidade na manhã do dia 6 de agosto de 1945, a sua potência correspondia a 20 mil toneladas de dinamite. A explosão provocou um calor de cerca de 5,5 milhões de graus centígrados, similar à temperatura do Sol.

O bombardeio matou instantaneamente cerca de 130 mil pessoas. Uma das maiores cidades do Japão, tinha na época cerca de 325 mil habitantes. Prédios sumiram com a vegetação, transformando a cidade num deserto. Numa distância de 2 km, a partir da área sobre a qual a bomba explodiu, a destruição foi total. Milhares de pessoas foram literalmente desintegradas. A bomba também afetou seriamente a saúde de outros milhares de sobreviventes. A grande maioria das vítimas era formada pela população civil, que nada tinha a ver com a guerra. Apenas três dias depois, em 9 de agosto de 1945, a cidade de Nagasaki também foi atacada com uma bomba atômica, mais uma vez, os americanos batizaram-na com ironia: Fat Man (gordo). Esta última matou cerca de 70 mil pessoas e deixou mais 25 mil feridas. O mundo aprendeu uma dolorosa lição!

Sei que, apesar de tanto sofrimento e destruição, Deus estava no controle. Ele dirigiu a vida de milhares de japoneses que sairam do Japão, e muitos vieram para o Brasil. Os meus avós fugindo do horror da guerra estavam no navio. O meu avô Naokiti Tokashiki veio da região de Okinawa e, a minha avó Itoko Nagasawa era da cidade de Tóquio. Dos meus parentes que vieram, somente um está vivo, o meu tio-avô Yoshitomi Nagasawa, irmão caçula da minha avó. Tenho muitos tios e primos que descendem da união destas duas famílias.

O meu pai, Kazunoske Tokashiki, é o segundo filho mais novo entre sete irmãos. Minha mãe, Leni é goiana, que conheceu o meu pai, em Dom Aquino-MT, onde nasci; e desta união, sou o filho do meio. Dentro do plano de Deus nasci neste país que amo, os meus avós mudaram-se para cá motivados pela guerra, e assim, segundo a vontade do Senhor encontraram outro lar que os acolheu, onde os seus descendentes estão nascendo e guardando com carinho a sua memória. A minha filha Rebeca Pereira Tokashiki, apesar de ser loira e ter olhos azuís, possuí leves traços nipônicos, e diga-se de passagem, bem mais do que eu.

A minha família sabe o que significa quando a Escritura Sagrada diz que: vós, na verdade, intentaste o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como vedes agora, que se preserve muita gente com vida (Gênesis 50:20).

03 agosto 2007

Ser um crente de oração

Os judeus no tempo de Jesus tinham vários horários prescritos para a oração diária. Mas, apesar de orarem, várias vezes no dia, e especialmente em lugares públicos, não foram reconhecidos como homens de oração! O Senhor Jesus que conhece os segredos e motivações dos corações reprovou a oração ritualística dos seus contemporâneos (Mt 6:1; 23:14; Lc 18:11-12). Faltava-lhes algo importante: a humildade e sinceridade diante Deus.

Sabemos que os primeiros cristãos eram pessoas de oração (At 2:42). Muitas vezes, Paulo recomendou que os seus leitores se dedicassem à oração (Rm 12:12; Fp 4:6; Cl 4:2; 1 Ts 5:17), e ele mesmo confessou a Timóteo que orava pelo jovem pastor "dia e noite" (2 Tm 1:3). Os servos de Deus no primeiro século eram conscientes de sua absoluta dependência da providência de Deus. O próprio Senhor Jesus os advertiu dizendo "porque sem mim nada podeis fazer" (Jo 15:5b).

Poucos crentes conhecem profundamente os benefícios da oração. A prova disto é o número de pessoas que freqüentam as reuniões de oração. Quão poucos são os que compartilham as suas vitórias e respostas que Deus responde. Agoniam-se para buscar a Deus em momentos de desespero, calamidades, angústias, mas passados estes períodos esfriam e abandonam o fervor! Esta falta de constância adoece a longo prazo, pois cria um comportamento de relação por necessidade e não de amor. Parece que buscam a Deus para usá-Lo e, depois descartam porque o problema foi resolvido.

A oração é um relacionamento que deve ser diário. O casamento não é algo esporádico, em que você vai visitar o seu cônjuge de vez em quando, e quando sente saudade fala com ele! É convívio ininterrupto, mesmo à distância, porque são pessoas que se relacionam pelo coração. Do mesmo modo o nosso relacionamento com o Senhor. Não podemos apenas reconhecer que o Espírito Santo habita em nós, e ignorá-Lo no nosso dia à dia, como se fôssemos ateus! O nosso amor pelo nosso Salvador carece de uma dinâmica de convívio.