O que Jesus é meu?

O amado da nossa alma não foi um mero mestre da moral ou um dos últimos dos profetas. Se tudo o que Ele fez e disse não for verdade, então somos os mais iludidos homens deste mundo. Entretanto, a graça do nosso Deus tem nos revestido com poder e entendimento para crêr nEle e ver a Sua glória. Ele é o Filho de Deus (Jo 1:1,18; 2 Pe 1:1; Rm 9:5; Tt 2:13; Jo 20:28; Hb 1:8; 1 Jo 5:20). O Senhor Jesus falou da sua comunhão com o Pai (Jo 10:30), da Sua glória junto dEle (Jo 14:8-11; 17:5; Cl 1:15; Hb 1:3). Inclusive Jesus aceitava ser adorado como Deus (Mt 2:11; 14:33;15:25; 28:9,17; Lc 24:51-52; Jo 1:18; 5:23; 9:38; 14:13; 16:23-24; 20:28-29; Ap 1:5-6).

Muito tempo antes dEle nascer as profecias prediziam quem Ele seria e o que faria pelo Seu povo. Ele seria um descendente da tribo de Judá (Gn 49:10; Lc 3:33), concebido numa virgem (Is 7:14; Lc 1:26-27, 30-31), nascido em Belém (Mq 5:2; Lc 2:4-7), fugiria para o Egito (Os 11:1; Mt 2:14-15), por sua causa haveria uma matança de crianças (Jr 31:15; Mt 2:16-18), a sua vinda seria anunciada por um precursor (Ml 3:1; Lc 7:24,27), sofreria a rejeição dos judeus (Is 53:3; Jo 1:11), mas a sua entrada em Jerusalém seria algo triunfal (Zc 9:9; Mc 11:7,9,11), seria traído por 30 moedas de prata (Zc 11:12-13; Mt 26:15; 27:5-7), e morreria crucificado com criminosos Is 53:12; Mc 15:27-28), mas seria honrosamente sepultado com o rico (Is 53:9; Mt 27:57-60), nenhum dos seus ossos seriam quebrados (Sl 34:20; Jo 19:32-33, 36), e com glória ressuscitaria dos mortos ao terceiro dia (Sl 16:10; Mc 16:6-7). Todas as profecias a Seu respeito se cumpriram!

Os seus títulos indicam a Sua glória. No Antigo Testamento Ele foi chamado de Maravilhoso Conselheiro (Is 9:6), Deus Forte (Is 9:6), Pai da Eternidade (Is 9:6), Príncipe da Paz (Is 9:6), Redentor (Is 41:4; Jó 19:25), Santo de Israel (Is 41:14), Servo “sofredor” (Is 52:13-53:12). No Novo Testamento a Sua majestade resplandece como o sol do meio dia em todo a sua força! Jesus que é a "expressa exata do Ser de Deus" (Hb 1:3) é chamado o Salvador (Lc 1:47), Advogado (1 Jo 2:1), o Mediador entre Deus e os homens (1 Tm 2:5), Alfa e Omega (Ap 21:6), o Santo de Deus (Mc 1:24), o Senhor da Glória (1 Co 2:8), o Verbo encarnado (Jo 1:1), o Autor da vida (At 3:15), o último Adão (1 Co 15:45), o primogênito da criação (Cl 1:15), o primogênito da morte (Cl 1:18), o Rei dos reis (Ap 19:16), o Senhor (Fp 2:11), a semente de Abraão (Gl 3:16), o Filho do Homem (Mt 18:11), o Mestre (Mt 19:16), o Filho de Davi (Mc 10:47), o Rei de Israel (Jo 1:49), o Guia (Mt 23:10), Ele é o unigênito de Deus, o Pai (Jo 3:16).

A Escritura também usa a linguagem figurada para descrevê-Lo. Ele é o Pão da Vida (Jo 6:35), a Pedra Angular (Ef 2:20), o Supremo Pastor (1 Pe 5:4), o Bom Pastor (Jo 10:11) e o Grande Pastor (Hb 13:20), mas sacrificialmente Ele é chamado o Cordeiro de Deus (Jo 1:29). A Sua obra o aponta como a Luz do Mundo (Jo 9:5), o Caminho (Jo 14:6), a Verdade ( Jo 14:6), a Vida (Jo 14:6), a Videira (Jo 15:1), a Porta das ovelhas (Jo 10:7), e, Ele mesmo é o Cabeça da Igreja (Ef 1:22-23).

O Senhor Jesus como Deus foi louvado em seus atributos divinos. Ele é descrito como sendo eterno (Jo 1:1; 8:58; 17:5, 24), onipotente (Jo 5:19; Hb 1:3; Ef 1:22; Ap 1:8), onisciente (Jo 2:24-25; 6:64; 16:30; 18:4; 21:17; Mt 9:4; 11:27; Cl 2:3), imutável (Hb 1:12; 13:8), santo (Jo 6:69; 8:29; 2 Co 5:21; 1 Pe 2:22), criador (Jo 1:3, 10; 1 Co 8:6; Cl 1:16), sustentador de todas as coisas (Cl 1:17). O Redentor agiu soberanamente para que o seu senhorio sobre todas as coisas fosse manifesto. Ele perdoou pecados (Mt 9:2; Lc 7:47; Jo 1:29; At 10:43; Cl 1:14; 1 Jo 1:7), e ressuscitou mortos (Jo 5:25; 11:25), pôde executar julgamento (Jo 5:22; At 10:42; 17:31), possuí domínio sobre os demônios (Lc 4:33-35; 8:27-33), bem como realizou milagres (Mc 2:5-12; Jo 2:11; 10:25; Mt 4:23-24; 11:2-6), sendo Ele o Autor da vida (Jo 5:21; 10:17-18; 11:25-44; Lc 8:52-55).

Há ainda alguma dúvida do que Jesus é meu?

Comentários

Anônimo disse…
caro rev. Ewerton:

Parabéns pela sua produção no blog. Este post sobre O Jesus que é meu é uma relevante reflexão sobre a apropriação pessoal da fé.
Evangélicos e até mesmo calvinistas podem ter visões distintas sobre a sua própria fé em alguns aspectos e ainda assim podem afirmar que Jesus é igualmente senhor deles, em respeito mútuo, como defende http://www.propostascalvinistas.blogspot.com ?
Caro anônimo

É fato que mesmo entre os que são coerentemente calvinistas há algumas divergências em questões secundárias em nossa teologia reformada. Por exemplo, quanto a extensão dos efeitos noéticos, quanto à origem da alma (traducionismo ou criacionismo), quando a compreensibilidade de Deus, sobre as provas ou evidências da existência de Deus, a ordem da salvação, a sinceridade da oferta da salvação, e outros detalhes menores. Entretanto, não há divergências de modo que exista algo que possa ser chamado de pluralismo calvinista, ou que justifique uma forma calvinista diluída como pretende Millard Erickson que se apresenta como "calvinista moderado", sendo que na realidade a sua postura é uma forma pós-moderna de amyraldianismo!

As divergências menores entre calvinistas se arrastam a longa data. Este fato pode ser verificado na obra de Heinrich Heppe "Reformed Dogmatics" que é uma coletânea de citações de teólogos reformados entre os séculos XVI e XVIII fazendo uma comparação teológica da herança calvinista européia.

Creio que há alguma confusão entre o que se pode classificar de reformados por tradição e convicção. Sugiro a leitura de clássicos presbiterianos como Turrentin, Heppe, Hodge, Shedd, Dabney, ou alguns batistas como Boyce e Dagg. Ou ainda alguns calvinistas contemporâneos como Berkhof, Hoekema, Hoeksema, Buswell, Murray, Reymond e etc.

Respeitosamente em Cristo,
Pr Ewerton B. Tokashiki

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