17 maio 2008

Os Dez Mandamentos na Família - 1

Os Dez Mandamentos devem ser aplicados em todas as áreas da sociedade, especialmente na família. A Lei do Senhor são princípios absolutos, imutáveis e universais; ou seja, ela sempre será verdade em qualquer cultura, em todas as épocas e em todos os lugares. Não importa a geração, nem mesmo a experiência ou a falta de maturidade de vida, a Palavra de Deus dura para sempre e eternamente será reguladora para determinar como devemos viver de modo aceitável diante de Deus.

O primeiro mandamento do Decálogo determina que não devemos amar ninguém acima do SENHOR Deus. Somos devedores do cuidado e amor que nossos pais dispensaram a nós. A tendência de amar os nossos filhos e supervalorizá-los acima das outras pessoas é uma forma saudável de amá-los que pode tornar-se um tanto que protecionista. Como também é possível honrar os nossos pais acima de Senhor. Entretanto, Deus exige um amor exclusivo por Ele, incomparavelmente superior em intensidade e qualidade. Isto significa que devemos temer ao Senhor e obedecê-lo como um valor acima de qualquer pessoa que valorizemos, mesmo que sejam nossos pais, ou filhos. Jesus nos adverte declarando que "quem ama seu pai ou mãe mais do que a mim não é digno de mim; quem ama seu filho ou sua filha mais do que a mim não é digno de mim (Mt 10:37).

Lembremos do negativo exemplo do sacerdote Eli e os seus dois filhos, Hofni e Finéias(1 Sm 1:3-4:18). A profecia contra a casa de Eli foi terrível por causa da gravidade do seu pecado, isto é, ele idolatrava os próprios filhos. Deus reprovou o sacerdote, dizendo: "por que pisais aos pés os meus sacrífcios e as minhas ofertas de manjares, que ordenei se me fizessem na minha morada? E, tu, por que honras a teus filhos mais do que a mim, para tu e eles vos engordardes das melhores de todas as ofertas do meu povo de Israel?" (1 Sm 3:29). Qualquer sentimento por nossos filhos que supere o nosso amor e temor pelo SENHOR torna-se numa disposição ou ato de idolatria contra Deus.

Mas, a Escritura Sagrada narra a submissão de Abraão pelo SENHOR, quando Ele exigiu que o pai da fé sacrificasse Isaque sobre o monte Moriá (Gn 22:1-19). O amor e devoção de Abraão estava acima de tudo, direcionada para a glória de Deus. Ele foi honrado pela sua obediência. O Anjo do SENHOR lhe disse: "jurei, por mim mesmo, diz o SENHOR, porquanto fizeste isso e não me negaste o teu único filho" (Gn 22:16).

Você deve amar os seus filhos e pais, entretanto, adoração é algo que somente Deus merece. Não podemos obedecer aos nossos pais, se eles exigirem que façamos algo contrário à Palavra de Deus; bem como, não devemos satisfazer aos caprichos dos nossos filhos, mimando os seus desejos pecaminosos. Isto é idolatria, porque desonramos voluntariamente a ordenança de Deus de sermos santos, e de consagrarmos tudo a Ele, em todas as circunstâncias, especialmente a nossa família.

03 maio 2008

Quem é má influência?

Educamos os nossos filhos planejando que eles sejam pessoas que tenham uma família bem estruturada, para que sirvam com os seus dons na igreja e sejam queridos na sociedade. Esperamos que eles saibam escolher os seus amigos, e que andem sempre em boa companhia. É pavoroso pensar que os nossos filhos estejam com pessoas de má índole; mas, mais angustiante é imaginar que eles se tornem vítimas da escória da sociedade. Ninguém espera que o seu filho se torne um viciado, nem que cometa vandalismo, ou que seja pego com marginais em atos criminosos!

Mas, você já parou prá pensar que é possível que os nossos filhos sejam "a má influência"? Somos tendenciosos em pensar neles sempre recebendo má influência, mas, e se for o contrário, e, se o problema estiver neles? Isto enche o seu coração de temor? Se você realmente se preocupa com a educação e o futuro do seu filho, leia atentamente o que vou escrever. Talvez, esta repreensão sirva prá você e terá maior valor se aplicá-la na formação dos seus filhos.

Responda com sinceridade: você aceita que outras pessoas denunciem os erros e algum mau comportamento de seus filhos? Não?! Caso você seja destes pais que "os meus filhos estão sempre certos", quero lhe falar algo simples: não seja tolo. Filhos nem sempre se comportam na companhia de outras pessoas como eles são na presença dos seus pais. Se você rejeita toda denúncia que parentes, amigos e professores fazem dos pecados públicos dos seus filhos, você estará criando neles um sentimento de impunidade. Este sentimento é fermento para a criminalidade. É uma raíz que crescerá e causará danos a médio e longo prazo. Boas famílias descuidadas neste importante detalhe diluem todo o esforço educacional investido em seus filhos, porque geraram neles a convicção de que os seus pecados são aceitos e não precisam ser corrigidos, que não importa o que fizerem de perverso, os seus pais sempre virão em seu auxílio passando "a mão em sua cabeça". Se os nossos filhos desenvolverem e crerem neste raciocínio, seremos culpados de desgraçar as suas vidas!

Não podemos ignorar o fato de que eles são ainda pecadores não-regenerados. Não estou insinuando que você tem se omitido na educação dos seus filhos. Estou afirmando que eles, embora sendo crianças, têm uma potencialidade natural para o mal tanto quanto eu e você, ainda que não tenham a mesma sagacidade para pecar de forma tão polida como nós adultos. Por isso, carecem de correção, em amor, com orientação na Palavra de Deus, para que o temor do Senhor seja implantado em seus corações. Esteja atento ao comportamento do seu filho, ouça denúncias contra os seus filhos e as verifique. Seja justo em corrigí-los a tempo, se for comprovado que pecaram publicamente.

A minha oração, como pai e pastor, é que o nosso Senhor Jesus livre os nossos filhos de má companhia, mas, rogo ainda mais insistentemente para que os nossos filhos não se tornem má influência! Suplico que a misericórdia que o nosso Redentor usou conosco, a aplique também nos corações dos nossos filhos, confirmando que eles são herdeiros da Aliança da graça.