19 julho 2008

Os Dez Mandamentos na Família - 3

O terceiro mandamento enfatiza que não podemos tratar com leviandade tudo o que se refere ao nosso Deus. Com o que é sério não se brinca. O Catecismo Maior de Westminster comentando as suas implicações declara que "exige que o nome de Deus, os Seus títulos, os atributos, as ordenanças, a Palavra, os sacramentos, as orações, os juramentos, os votos, as sortes, as Suas obras e tudo pelo qual Ele se dá a conhecer, sejam santa e reverentemente usados ao se pensar, meditar, falar e escrever; mediante uma santa profissão de fé e um viver digno, para a glória de Deus e o bem de nós mesmos e dos outros."[1] A nossa geração vive um período de confusão quanto a autoridade da palavra, bem como da própria percepção de se respeitar Àquele que é fonte de toda autoridade.

É algo muito perigoso brincar, fazer piadas e mencionar de forma irreverente e irresponsável o nome ou as obras de Deus. Às vezes, ouço crentes fazendo piadas em que ridicularizam a pessoa de Deus, ou mais especificamente o Senhor Jesus, fazem para entreter pecadores com o santo nome do Todo-Poderoso. Como é comum que pecadores corram inconseqüentemente, onde os anjos até mesmo temem pisar! Quando pais contam piadas desta espécie diante dos seus filhos, eles estão ensinando-os a serem blasfemadores. Dificilmente estas crianças, adolescentes, ou jovens se comportarão nos cultos, que é o ajuntamente solene do povo de Deus, com reverência necessária. Mas, aquilo que fazem nos cultos nada mais é do que reflexo do culto a Deus prestado no dia a dia. Assim, podemos imaginar com tristeza no coração como é o relacionamento diário, e qual a seriedade com que vivem o evangelho de Cristo.

Se ao falar do Santo e da sua santidade manifesta na sua revelação, as pessoas o fazem de forma tão descomprometida, então, é possível, sem peso de consciência, que façam votos e juramentos sem calcular as conseqüências apelando-se para o nome de Deus. Neste caso a Escritura diz que devemos ser conhecidos pela nossa seriedade e firmeza de convicção e palavra, que o nosso "sim" signifique "sim", e o nosso "não" realmente tenha o absoluto sentido de "não" (Mt 5:37). Não é pecado jurar ou fazer votos quando somos exigidos pelas autoridades instituídas por Deus, mas não podemos recorrer a eles de modo tão irresponsável, ou em situações em que são desnecessários. O nome de Deus somente deve ser invocado para ser testemunha do que dizemos ou fazemos, quando o nosso testemunho é insuficiente e a glória de Deus é ameaçada de escândalo (1 Ts 2:5 e 10).

Nota:
[1] Catecismo Maior de Westminster, perg/resp. 112.