13 março 2009

Porque não bebo nada alcóolico!

No ano de 1938 o Supremo Concílio da Igreja Presbiteriana do Brasil tomou a seguinte resolução acerca de vícios, consumo de álcool e fumo como segue:

AG-1900-021 - Vícios Sociais - Todos os obreiros da Igreja Presbiteriana do Brasil devem combater com insistência os vícios, os exageros da moda e tudo quanto rebaixe o nível da espiritualidade. 1) BEBIDAS ALCOÓLICAS - A. Recomendar a todos os concílios inferiores envidem esforços para que os membros da nossa Igreja se esforcem para abandonar o uso, mesmo moderado, de todas as bebidas alcoólicas, exceto remédios. AG-1900-021. B. Recomendar a todos os membros da nossa Igreja que são fabricantes ou negociantes de bebidas alcoólicas que se esforcem para deixar esse ramo de negócio ou meio de vida, a fim de não concorrerem, nem direta, nem indiretamente para a ruína do corpo e da alma de seus semelhantes. AG-1900-021. C. Recomendar aos Presbitérios que tomem medidas positivas e eficazes para combater a fabricação e venda de bebidas alcoólicas por membros da Igreja. AG-1920-029. 2) FUMO - FUMANTES - A. Seria muito desejável que nenhum oficial da Igreja fumasse; mas, também julga que esse critério isolado afastaria desses cargos homens que tem outras qualificações para exercê-los e admitiria indivíduos aos quais faltariam outros requisitos essenciais. AG-1936-040 e AG-1936-041. B. O SC/IPB declara que tudo o que destrói o corpo, que é o Templo do Espírito Santo, é pecado e deve ser evitado; não obstante, reconhece que é a Igreja constituída de crentes que estão caminhando em santificação, uns mais e outros menos, devendo os conselhos esforçarem-se por conseguir o melhoramento espiritual de maneira amistosa e fraternal. AG-1936-042. C. As resoluções constantes nas Atas de 1936, às páginas 40-42, já em vigor, quanto ao fumo e aos fumantes, devem ser reafirmadas e divulgadas pelos concílios. SC-1938-022.


Sei que apesar da resolução existem, inclusive pastores presbiterianos, que defendem o consumo moderado de bebidas alcóolicas. Mas, tratando a questão pastoralmente peso algumas questões práticas, e peço que leiam e as considerem em seu coração, no temor do Senhor:

1. A possibilidade de despertar um vício sempre está presente... . Aqui em Porto Velho acompanhamos um Centro de Recuperação de alcóolicos e tóxicos em geral, a APATOX, e lhes garanto que a melhor igreja para eles congregarem é em lugares onde pessoas são abstêmias.
2. A possibilidade de causar escândalos por causa de bebidas, nunca é extinta. Porque, para alguns, o beber em público é errado, e o beber familiarmente não tem problema?
3. A possibilidade de prejudicar uma família inteira com traumas e desestruturando-a é uma indesejável, mas presente ameaça.
4. A possibilidade de desenvolver algumas doenças por causa do álcool é um temor dispensável.
5. A possibilidade de influenciar os jovens e novos convertidos a usarem a mesa da bebida como um ponto de comunhão [como sei que ocorre em alguns lugares neste enorme Brasil, em que após o culto, alguns jovens saem e vão à bares e lanchonetes para beber, e não poucas vezes sem moderação].

Parece-me que estas indesejáveis, vergonhosas e dolorosas possibilidades são uma preocupação, mesmo daqueles que ingerem álcool de boa consciência...

Por isso, tenho com minha família [esposa e 2 filhos, a Rebeca de 3 anos e João Marcos de 1 ano] a seguinte prática preventiva:
1. Tudo o que não pudermos orar a Deus, de boa consciência, e agradecer como algo que irá nos fazer bem não comeremos, nem beberemos, quer seja por causa do excesso, prejuízo, dependência, ou perca do domínio próprio.
2. Tudo o que os meus filhos não puderem comer ou beber, por uma questão de saúde, eu e minha esposa também não o faremos, por uma questão de exemplo.

O uso moderado de bebidas alcóolicas não é uma forma segura de se evitar o alcoolismo! Diga-se de passagem ninguém que é dependende iniciou o seu vício tomando grandes doses, mas gradativa e inadvertidamente chegaram lá. Esta é a história de alguns internos da APATOX...

Penso que a questão não é de julgar, ou condenar quem bebe alcool, mas de pesar os prejuízos que ele causa em nossas famílias e em nossas igrejas.

um respeitoso abraço aos que discordam,
Ewerton B. Tokashiki