13 novembro 2012

Vamos quebrar tudo?

Há uma música sertaneja cantada por Gilberto e Gilmar em que eles repetem no refrão “vamo quebra tudo, vamo, vamo. Vamo quebra tudo!” Mesmo sendo uma música engraçada ela nos faz pensar em como as pessoas tendem a destruir o que tem ou o que usam. Isso evidencia a sua tendência para o mal. Somos inclinados por natureza para coisas ruim. Parece ser o que a Bíblia ensina quando diz: “como está escrito: não há um justo, nem um sequer. Não há ninguém que entenda; não há ninguém que busque a Deus. Todos se extraviaram, e juntamente se fizeram inúteis. Não há quem faça o bem, não há nem um só. A sua garganta é um sepulcro aberto; Com as suas línguas tratam enganosamente; peçonha de áspides está debaixo de seus lábios; cuja boca está cheia de maldição e amargura. Os seus pés são ligeiros para derramar sangue. Em seus caminhos há destruição e miséria; e não conheceram o caminho da paz. Não há temor de Deus diante de seus olhos.” (Rm 3:10-18). Precisamos ter temor do Senhor para não sermos dominados pela nossa tendência má e destruidora.

Quem preserva, sempre tem. Você já observou que alguns objetos parecem ser descartáveis, dá até vontade de perguntar: por que a sua duração se tornou tão limitada? É verdade que antigamente algumas coisas, como os eletrodomésticos, demoravam estragar, e ainda assim, as pessoas zelavam para que não dessem defeito, e faziam isso usando de modo correto e limpando após o uso e guardando imediatamente. Mas a cultura do “estraga logo, que quero comprar outro novo, e mais moderno” está dominando a nossa mente. Esse pensamento nos leva ao relaxo, e a não valorizar o que temos. E isso é ruim! Pessoas gastam mais e tem menos. Por isso, quem preserva sempre tem, e isso é uma verdade que não se pode negar.

O que você usa hoje, possivelmente precisará de novo amanhã. Aqui em nossa igreja você já deve ter encontrado algo que está estragado. Alguém não pensou em você, nem nele mesmo, e muito menos na glória de Deus. O uso dos bancos, livros, armários, banheiros, bebedouro, objetos e móveis da cozinha, o equipamento de som, e etc, não são descartáveis. A Bíblia nos instrui que devemos preservar o que temos com inteligência porque não sabemos o dia de amanhã: “Lança o teu pão sobre as águas, porque depois de muitos dias o acharás. Reparte com sete, e ainda até com oito, porque não sabes que mal haverá sobre a terra” (Eclesiastes 11:1-2). Cuide, poupe, não desperdice, não estrague e assim preserve e sempre terá.

Assim, permita-me dar algumas dicas bem práticas. Ensine o seu filho a não bater, nem danificar os brinquedos, os bancos, ou nos demais móveis de modo que estraguem. Seja você mesmo exemplo. Cada objeto tem o seu uso correto e nenhum deles funciona por meio da pancada ou da violência, ou ainda da sujeira. Não desperdice o que lhe é dado use somente o necessário. Não tenha aquela ideia errada de que “a gente pode estragar porque se precisar compra outro”, lembre-se: é para o nosso uso e de outras pessoas que também precisarão! Lembre-se “quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Co 10:31).

09 agosto 2012

Somos uma igreja discipuladora - 2

Somos uma igreja local intencionalmente discipuladora. Não queremos que a nossa igreja tenha apenas um programa de discipulado, e sim, que viva o discipulado. A estrutura que se criou foi resultado da necessidade de aperfeiçoamento dos novos membros, de líderes em processo de maturação, e de um novo nível de crescimento. O discipulado não é um fim em si mesmo, mas um instrumento que possibilita vivermos a fé cristã como Corpo de Cristo.

Não promovemos programas para que nossos membros se tornem ocupados em atividades corriqueiras. A igreja não é um agente de diversão, ela é o baluarte da verdade responsável em zelar pela fiel pregação da Palavra de Deus, e de treinar os crentes na obediência do seu chamado e no exercício responsável dos seus dons. A agenda da igreja é planejada de modo a cumprir o contínuo treinamento semanal, mensal e anual dos membros e líderes.

A nossa cosmovisão direciona o modelo de igreja que somos e o tipo de membros que queremos formar. Na verdade, a nossa preocupação é que eles vivam como cristãos maduros, regidos pela autoridade da Escritura Sagrada, e que tendo qualidade de vida, saibam que tipo de cristãos deverão reproduzir. Por isso o nosso conceito de discipulado é formativo.

Segue abaixo a nossa estrutura, ainda em desenvolvimento, para a nossa vivência de discipulado:

1. DISCIPULADO BÁSICO
1.1. Discipulando novos convertidos
1.2. Discipulando interessados
1.3. Discipulando candidatos à profissão de fé
1.4. Discipulando filhos da aliança [membros não-comungantes]
1.5. Discipulando membros antigos visando revitalização

2. DISCIPULADO AVANÇADO
2.1. Discipulando membros advindos de outra comunidade evangélica
2.2. Discipulando líderes em potencial

3. ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL FORMATIVA
3.1. Preparando professores numa nova proposta
3.2. Formando e não apenas informando
3.2. Classes temáticas [adolescentes, jovens e adultos]
3.2.1. Catecúmenos
3.2.2. Dons e ministérios
3.2.3. Panorama de Antigo Testamento
3.2.4. Cosmovisão cristã

4. CURSO DE TREINAMENTO DE LIDERANÇA
4.1. Proposta do curso de teologia
4.2. Currículo do curso
4.3. Importância da participação dos membros

5. CURSO DE OFICIAIS
5.1. Treinando presbíteros
5.2. Treinando diáconos

6. CONFERÊNCIAS TEOLÓGICAS
6.1. Conferência de Teologia Para Jovens
6.2. Encontro da Fé Reformada

7. INCENTIVO À LEITURA TEOLÓGICA
7.1. Acessibilidade à literatura selecionada
7.2. Leitura como parte do processo de formação de discípulos maduros
7.2. Leitura como equipamento de liderança

06 abril 2012

A teoria de Charles Darwin e suas implicações éticas

Escrito por D. C. Spanner


A grande obra de Charles Darwin (1809-1882) foi “A origem das espécies por meio da seleção natural, ou a preservação das raças favorecidas na luta pela vida” (1859) foi um hiato na relação entre a ciência e a fé cristã. A sua teoria foi a primeira sobre a evolução orgânica que deu uma explicação plausível, em termos de processos puramente naturais, de como as criaturas vivas haveriam se diversificado adotando formas altamente complexas e formosas por mudanças graduais produzidas ao longo de enormes prazos de tempo. Ao fazê-lo, desafiava o argumento do design (o fato de que o design implica num Projetista) e a ideia (que muitos consideravam que representava o ensino bíblico) de que todas as espécies de plantas e animais seriam criadas individualmente e, numa época que não supera alguns milhares de anos atrás. Isto resultava de certa forma, indigesto a muitos no caso da espécie humana; parecia-lhes que roubava ao homem o ser “a imagem de Deus” e o reduzia a um status puramente animal. Os conceitos bíblicos do pecado e da Queda pareciam perder a sua validade, assim como qualquer ideia de que a raça humana tivesse um objetivo preordenado. Aparentemente Deus seria substituído pelo azar e a necessidade.

O Darwinismo teve um impacto considerável na moralidade privada e também aliada à ideia de Herbert Spencer (1820-1903) sobre a “sobrevivência do mais forte” na esfera dos negócios e da ética política (por exemplo: o racismo). As questões que suscitou a teoria de Darwin seguem muito ativas hoje em dia, e a doutrina bíblica da criação não sucumbiu, nem muito menos, a sua influência. De fato, em muitos sentidos a teoria evolucionista teve que passar a defender-se, se bem que teve êxito em forçar aos intérpretes em pensar duas vezes (como o fez a teoria heliocêntrica de Copérnico) certas formas antigas, mas superficiais de compreender o texto bíblico.


Extraído de David J. Atkinson & David H. Field, orgs., Diccionario de ética Cristiana y teologia pastoral (Terrassa, CLIE, 2004), pp. 409.

Traduzido por Rev. Ewerton B. Tokashiki
6 de Abril de 2012.

30 janeiro 2012

O que desejamos do nosso pastor

1. Seja íntegro e fiel ao nos nutrir com a Palavra de Deus.

2. Cuide de sua família. Ela é o seu primeiro rebanho. Então, acreditaremos que cuidará das nossas famílias.

3. Não perca a ternura.

4. Não seja orgulhoso.

5. Não seja um líder centralizador, nem opressor.

6. Ore por nós e conosco.

7. Auxilie-nos em nossa santificação pessoal.

8. Ajude-nos a andar dentro da vontade de Deus.

9. Instrua-nos na Palavra de Deus acerca do sentido e propósito da nossa vida.

10. Socorra-nos naqueles momentos de crise e desespero.

11. Ouça os nossos desabafos, desafetos e problemas nos aconselhamentos, buscando respostas na sabedoria da Palavra de Deus.

12. Chore conosco as nossas lágrimas.

13. Não desista de nós.

14. Esteja ao nosso lado nas angústias mesmo que em silêncio.

15. Traga-nos à memória porções da Palavra que podem nos dar esperança.

16. Com amor nos repreenda em nossos pecados, nos exortando ao arrependimento sincero.

17. Seja sempre um conciliador entre os nossos desentendimentos.

18. Treine e nos equipe para servirmos com eficácia e aceitação diante de Deus.

19. Ensine-nos a identificar e usar os nossos dons que o Espírito Santo nos deu.

20. Ajude-nos a ser produtivos, para não cairmos na futilidade e nem perdermos o nosso propósito de glorificar a Deus.